terça-feira, 14 de maio de 2013

Música Africana

     A África é um continente com um leque enorme de diversidade étnica, cultural e linguística. Uma descrição geral da chamada música africana não seria possível dada a quantidade e variedade de expressões. No entanto, existem semelhanças regionais entre grupos desiguais, assim como as tendências que são constantes ao longo de todo o comprimento e a largura do continente africano.
A música da África é tão vasta e variada como as muitas regiões, nações e grupos étnicos do continente. Embora não haja distintamente música pan-africana, não são comuns formas de expressões musicais, especialmente no interior das regiões.
      A música do Norte de África e partes da região do Saara têm uma ligação à música do Leste da Europa mais que da metade da África sub-saariana. Além disso, a música e a dança da diáspora africana (música da América Latina e Caribe), como a rumba, salsa, assim como a música dos Afro-americanos, foi inspirada nas várias tradições africanas levadas pelos escravos transferidos a diferentes pontos do mundo.
Ficheiro:Handdrumming.jpg
A percussão é significante em toda a África.

MÁSCARAS AFRICANAS


  • MÁSCARAS AFRICANAS: Máscara. Arte fang. Museu do Homem, Paris.


 

As máscaras sempre foram as protagonistas indiscutíveis da arte africana. A crença de que possuíam determinadas virtudes mágicas transformou-as no centro das pesquisas. O fato é que, para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las em benefício da comunidade: na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos. Serviam também para identificar os membros de certas sociedades secretas.


  • MÁSCARAS AFRICANAS: Máscara de boi com mandíbula móvel. Arte ibibia. Museu do Homem, Paris.


 

Em geral, o material mais utilizado foi a madeira verde, embora existam também peças singulares de marfim, bronze e terracota. Antes de começar a entalhar, o artesão realizava uma série de rituais no bosque, onde normalmente desenvolvia o trabalho, longe da aldeia e usando ele próprio uma máscara no rosto. A máscara era criada com total liberdade, dispensando esboço e cumprindo sua função. A madeira era modelada com uma faca afiada. As peças iam do mais puro figurativismo até a abstração completa.




  • MÁSCARAS AFRICANAS: Máscara de dança. Arte ioruba-nagô. Museu do Homem, Paris.
 


Quanto à sua interpretação, a tarefa é difícil, na medida em que não se conhece sua função, ou seja, o ritual para o qual foram concebidas. Os colonizadores nunca valorizaram essas peças, consideradas apenas curiosidade de um povo primitivo e infiel. Paradoxalmente, a maior parte das obras africanas encontra-se em museus do Ocidente, onde recentemente, em meados do século XX, tentou-se classificá-las. Na verdade, os historiadores africanos viram-se obrigados a estudar a arte de seus antepassados nos museus da Europa.

  • ARTE AFRICANA: Máscara. Arte pendê. Museu da África Central, Tervuren.

 

O auge da arte africana na Europa surgiu com as primeiras vanguardas, especificamente os fauvistas e os expressionistas. Estes, além de reconhecer os valores artísticos das peças africanas, tentaram imitá-las, embora sempre sob a ótica de suas próprias interpretações, algo que colaborou em muitos casos, para a distorção do verdadeiro sentido das obras. Entre as peças mais valorizadas atualmente estão, apenas para citar algumas, as esculturas de arte das culturas fon, fang, ioruba e bini, e as de Luba.



  • ARTE AFRICANA: Rosto de uma cabeça de duas faces. Arte ibibia. Coleção Hélène Kamer, Paris.
 

O fato de os primeiros colonizadores terem subestimado essas culturas e considerado essas obras meras curiosidades exóticas, provocou um saque sem sentido na herança cultural desse continente. Recentemente, no século XX, foi possível, graças à antropologia de campo e aos especialistas em arte africana, organizar as coleções dos museus europeus. Mas o dano já estava feito. Muitos objetos ficaram sem classificação, não se conhecendo assim seu lugar de origem ou simplesmente ignorando-se sua função.



Imagens da África
















Arte da África


História e características da arte africana 
continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade.
Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte-africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara. 
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana. 
A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era).   
Outros exemplos da arte primitiva africana são as esculturas modeladas em argila dos artistas da cultura Nok (norte daNigéria), feitas entre 500 AC e 200 DC. Destacam-se também os trabalhos decorativos de bronze de Igbo-Ukwu (séculos IX e X) e as magníficas esculturas em bronze e terracota de Ifé (do século XII al XV). Estas últimas mostram a habilidade técnica e estão representadas de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás, acreditava-se ter inspirações na arte da Grécia Antiga.   
Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano etc. 

Chegada ao Brasil 
A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos componentes artísticos de uma magnifíca arte afro-brasileira. 
  

Música da África

Música da África


Udu, um dos instrumentos característicos da música igbo.
      A África é um continente com um leque enorme de diversidade étnicacultural elinguística. Uma descrição geral da chamada música africana não seria possível dada a quantidade e variedade de expressões. No entanto, existem semelhanças regionais entre grupos desiguais, assim como as tendências que são constantes ao longo de todo o comprimento e a largura do continente africano.
     A música da África é tão vasta e variada como as muitas regiõesnações e grupos étnicos do continente.Embora não haja distintamente música pan-africana, não são comuns formas de expressões musicais, especialmente no interior das regiões.
      Segundo o etno musicólogo Alan P. Merriam (1923 - 1980) a música do Norte de Áfricae partes da região do Saara, têm uma ligação à música européia e oriental mais que da metade da África sub-saariana que de certa forma deu inicio influenciando e sendo influenciada por variados estilos musicas tais como sambabluesjazzreggae e rapinspirados nas tradições africanas dos escravos transferidos a diferentes pontos do mundo em relações comerciais, com retorno de escravos livres e comerciantes.
Ainda segundo esse autor do livro The Anthropology of Music entre outros sobre o tema a música deve ser estudada em três níveis de análise: conceituação sobre música, comportamento em relação à música e som de música ou a música propriamente dita.
    Xavier Vatin estudou nações de candomblé na Bahia (descendentes de distintas nações e grupos étnicos africanos) quanto ao seu patrimônio musical específico. Reuniu dados históricos, etnográficos, lingüísticos e confrontando-os no respeito da pertinência relativa a sua origem, interpenetrações de civilizações e revelou a existência de constantes e divergências, bem como de um número considerável de empréstimos e influências recíprocas tanto no plano etnográfico como estritamente musical. Sinteticamente falando encontrou 20 toques: 8 são originários da nação Ketu; 7 originários da nação Jêje; 4 da nação Angola e um total de 15 empréstimos recíprocos. Analise similar tem sido feita nos grandes grupos etno-linguísticos africanos bem como da música popular da África correlacionando estas com a denominada música negra ao redor do mundo.

A musica Africana dos negros foi dedicado a zumbido navio negreiro,e a Amanda Ferraresi.

Culinária da África - Os pratos típicos africanos

Muitos colonizadores passavam pela África devido as rotas marítimas que ligavam o Oriente e Ocidente. Sendo assim, a comida típica da África recebeu influência de diversas partes do mundo, além da própria cultura dos nativos. Sua culinária se tornou uma fonte de ingredientes para diversos países do mundo.


Os escravos sul-africanos por exemplo, que retornavam da Inglaterra, ensinavam o que aprenderam, assim como os africanos que viviam no oriente no período medieval. Existem também pratos exóticos, como o grilo frito. O bobotie é um prato feito com cozido de carne moída, leite, castanhas, pão, cebola, damascos, passas, curry (tempero forte). Essa é a comida típica preferida de Nelson Mandela.



Normalmente, a maioria dos trabalhos relacionados à alimentação na África, são obrigações das mulheres. Desde a "plantação" ou "shambas" (como são chamados os campos de plantio), passando pela capina, plantio e colheita, até as atividades que incluem cozinhar e servir alimentos. Mas em algumas regiões, a mulher fica encarregada dos pratos doces, enquanto o homem prepara a carne.

Tradicionalmente, a cozinha na África fica pro lado de fora da casa, ou em uma construção separada dos quartos e salas. Até hoje, a comida mais típica na Africa encontrada na casa do nativo, são carnes com vegetais, fortemente temperadas em uma larga panela preta. A panela normalmente fica em cima de três pedras dispostas em triângulo, e o fogo consome lentamente três pedaços de madeira para cozinhar os alimentos.

Comida típica do africano:


Legumes:

Batata doce
Quiabo
Melancia
Mandioca
Amendoins
Repolho
Amendoins


Carnes:
Frango
Carne de porco
Bife
Variedade de peixes locais

Plantas:
Alho
Pimenta Melegueta - "West Africa" (substituto de cardamomo)
Cravos-da-índia
Pimenta Preta
Cardamomo
Noz-Moscada
Curcuma
Arroz Mix
Caril em pó
Outras comidas típicas:
Limão
Arroz

Algumas imagens dos pratos típicos da África:


prato típico
Chicken Curry (Frango com Curry)


prato africano
Bunny Chow (Pão recheado com frango)



prato tradicional

Biltong (Carne seca)



culinária da áfrica

Babotie (Parecido com a lasanha)



prato típico da áfrica

Oxtail (Rabada)



cozinha da áfrica

Umnqgusho (Flocos de milho secos)
YEMANJÁ

Minha Mãe - Linda demais!
Ela une todas as coisas 
como eu poderia explicar, 
um doce mistério de rio, 
com a transparência de um mar.... 
Ela une todas as coisas, 
quantos elementos vão lá ... 
sentimento fundo de água, 
com toda leveza do ar 
Ela está em todas as coisas, 
até no vazio que me dá, 
quando vejo a tarde cair 
e ela não está 
Talvez ela saiba de cor 
tudo que eu preciso sentir 
Pedra preciosa de olhar ! 
Ela só precisa existir 
para me completar 
Ela une o mar 
com o meu olhar 
Ela só precisa existir 
pra me completar 
Ela une as quatro estações 
Une dois caminhos num só 
Sempre que eu me vejo perdido 
une amigos ao meu redor 
Ela está em todas as coisas 
até no vazio que me dá 
quando vejo a tarde cair 
e ela não está 
Talvez ela saiba de cor 
tudo que eu preciso sentir 
Pedra preciosa de olhar ! 
Ela só precisa existir 
para me completar 
Ela une o mar 
com o meu olhar 
Ela só precisa existir 
pra me completar 
Une o meu viver 
com o seu viver 
Ela só precisa existir 

Religião africana

A África possui inúmeras formas de religião. Conheça um pouco mais sobre esta importante forma de manifestação de uma nação.

               O Continente africano é um dos mais populoso do mundo: perdendo apenas para o Continente Asiático, tem mais de mil milhões de pessoas distribuídas em 54 países independentes. Mesmo apresentando aspectos financeiros positivos, como nos países da África do Sul, o continente é o que mais se aflige com a pobreza e a forme: dos 30 países mais pobre do mundo, 21 são africanos.
Entre a cultura, é um dos continentes mais “pluralizados” com costumes, histórias e tradições que atravessaram os séculos e, sobretudo, influenciaram a formação sociocultural de outros países, como no caso do Brasil. A religião é um dos aspectos mais curiosos e cheios de plurissignificações na vida do povo africano. De acordo com as pesquisas, o panorama da última década para a religião africana aponta os seguintes números:



A religião africana: o islamismo

Conhecida como a religião de Maomé, o islamismo é a religião quase 100% presente em países como Somália, Mauritânia, Saara Ocidental, Djibuti, Saara Ocidental, Tunísia, Marrocos, Argélia e Líbia. A difusão do islamismo no continente é justificada pelo comércio e pela conquista militar de territórios, principalmente nas tomadas que avançaram pelo alto vale do Nilo. O Egito e o Marrocos são os países em que a tradição islâmica é mais antiga. Mesmo com as constantes disputas territorialistas mantidas contra os Europeus, que também tentavam abolir as “fortalezas islâmicas”, os muçulmanos perseveraram ao longo dos anos como maioria no país. Conforme afirma muitos estudiosos, essa maioria em partes é resultado da própria condição de exploração e miséria a que o continente submeteu-se durante os anos, uma vez que uma dos principais ideologias do islã é a oposição ao Ocidente Imperialista.

A religião africana: o cristianismo



               A África é o 2º território alcançado na história da expansão do cristianismo. O Egito é um dos países que mais apresentam importância para a difusão da religião de Jesus Cristo para os outros países, ao lado de outras figuras africanas históricas e que também foram convertidas ao cristianismo, como Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Cipriano de Cartago, Atanásio de Alexandria , Agostinho de Hipona e Marcos, o Evangelista, criador da Igreja Ortodoxa da Alexandria. Conforme afirmam as recentes pesquisas da Universidade Censur em El Jadida, Marrocos,  a estimativa é que a fé cristã continue a expandir-se no território e alcançar predominância em mais países do continente. Hoje, o cristianismo é maioria em 31 países africanos e soma 20% dos cristãos do mundo.

A religião africana: as crenças tradicionais


                Grande parte do território da África do Sul possui tendências ao misticismo e espiritualismo. Isto porque, as práticas dos rituais tradicionais africanos envolvem a compreensão do imaterial e do divino e os países do Sul africano, graças a milenar cultura tribal, estão ligados a esse tipo de crença. A estimativa é de que a religião tradicional africana seja seguida por 100 milhões de habitantes de todo o território da África. A religião tradicional africana sofre certos preconceitos até os dias atuais, já que em muitas crenças utilizam práticas de sacrifício e adoração.
A cultura africana é muito rica em rituais e tradições antigas, que foram adotadas também pelos brasileiros. É de grande importância o respeito pelas práticas de religião africana, pois elas contam de modo diferente uma possível história da criação do mundo.

Para saber um pouco mais sobre a religião africana confira o vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ndfo3WdSNo4

domingo, 12 de maio de 2013

Danças Africanas

Ao descrevermos alguns tipos de dança, optamos por falar mais das danças de Países Africanos de expressão portuguesa.



Ritmos Africanos: misturam de sons, ritmos e movimentos tradicionais com realce à espontaneidade dos corpos no passo certo ao som da música africana. (dançada em linha).
Danças a par: a proximidade de dois corpos num só movimento, e a inevitável sensualidade em unis som é notória enquanto dançam.
Ritmos: ao ritmo do Semba, Funaná, Kuduro, Sakiss, Puita, Marrabenta, e outros sons da música folclórica, são dançados em pequenas coreografias, trabalhando assim os movimentos da dança, o rebolar do bumbum (1), e a facilidade de juntar a agilidade dos braços, pernas e cabeça, num só movimento, culminando num trabalho de ritmo corporal.
͢            Danças de alguns países do Continente Africano:
o   Angola
o   Cabo Verde
o   São-Tomé e Príncipe

A música e a dança em Angola

Os bailes em Angola eram organizados entre amigos que se definiam como "as turmas". Nesses bailes dançavam ao som dos instrumentos como a dikanza (1), o ngoma (2), o apito, a ngaieta (3), e o acordéon, que eram os mais usados na época nos ritmos como o semba, a rebita, a kazukuta kabetula, os rumbas e muitos outros tocados nos anos 50/70, ao qual chamamos “música e dança dos cotas" (4). Nesta época, eram consumidos outros gêneros de música, adaptados ao nosso estilo de dança; muitas fusões foram feitas em relação aos ritmos provenientes de outros continentes, resultando nos estilos como o Bolero, os Tangos, as Plenas e tantos outros sons, que eram " soletrados nos pés " (5) de quem sabia dançar.

A boa dança era praticada nos bairros suburbanos de Luanda, nas ruas e nos quintais. Tais estilos chamados outrora "dançam dos operários" ou dos marginais eram as dançadas pelos grandes farristas (6). Depois do quintal foram levadas para as salas de bailes, deixando de ser somente dos operários, pois a pequena burguesia também já dançava alguns escondidos, por ainda ser uma dança malvista. Ao som do semba (7) era dançado o semba, também chamado de umbigada, que deu origem ao samba brasileiro. ““Os bailes frequentados pelas “turmas” eram chamados as boas” kizombadas” (8) ou "festas de quintal".

Nos anos 80 deu-se uma revolução nos estilos musicais e na dança. Muitos nomes surgiram e outras fusões aconteceram: a dança semba, passou a ser chamada kizomba, que significa "festa", passando de expressão linguística à dança. A entrada do zouk influenciou muito o estilo musical que perdeu a sua raiz e até foi chamado semba-zouk, elemento que gerou grande polêmica, mas que ainda continua com o nome de kizomba, mas que também já tem um corpo como música e dança kizomba. O zouk love, e a tarrachinha, têm dado outros estilos na forma como dançamos nos bailes, porque os movimentos sensuais são concêntricos na sensualidade, no rebolar das ancas.

Nota: 1- dikanza (reco-reco) 2- ngoma (batuque) 3- ngaieta (gaita) 4- cotas (mais velhos) 5- soletrado nos pés (dançar como se estive escrevendo) 6- grandes farristas ( homens de festas), 7 semba (estilo de dança e música angolanos) 8 kizombadas ( grandes festas).

Kizomba: é uma terminologia angolana da expressão linguística "Kimbundo" que significa “festa". A expressão Kizomba, como dança, nasceu em Angola nos anos 80, em Luanda, após as grandes influências musicais dos Zouks, e com a introdução das caixas rítmicas drum-machine, depois com os grandes concursos que invadiram Angola. A expressão se manteve, passando pelo Cavalinho, e o kizomba corrida. Também nessa época apareceram as kizombas acrobáticas, dançadas por dois rapazes. “É necessário salinetar, ainda, que as grandes farras (1) entre amigos nos anos 50/70 eram chamadas Kizombadas” (2) porque ainda não existia kizomba como expressão bailada e nem musical. Voltando aos anos 50/60, em Angola já se dançava a o Semba, Maringa, Kabetula, Kazukuta, Caduque que deu origem a Rebita e a outros estilos musicais, tipicamente angolanos, como também estilos provenientes de outros continentes influenciaram a música e a dança, como o tango, a plena, o merengue, etc., que eram dançadas nas grandes farras já ao nosso estilo. Esses estilos de dança outrora eram chamados danças da "Umbigada"ou danças do "umbigo" só para lembrar que alguns desses estilos têm influências de uma dança portuguesa que se chama "Lundum" (3) que também era dançada aos pares, sendo proibida porque foi considerada uma dança erótica. Existiram, ainda, grandes bailadores que também deram uma grande ênfase ao levar tais danças aos bailes, nomes como Mateus Pele do Zangado, João Cometa, Joana Perna Mbunco, Jack Rumba eram os mais apontados, pois, ao dançarem, escreviam no chão, as passadas (4) eram notórias nos seus estilos de exibição ao ritmo do Semba. As passadas como o corridinho, a meia-lua e as saídas laterais eram as mais usadas pelos cavalheiros.
1- Farras (festas)
2- Kizombadas (grandes festas)
3- Lundum dança da umbigada Portuguesa proibida na época
4- Coordenações de passos
Kuduro: estilo de música e dança Angolana. Dança recreativa de exibição individual ou em grupo. Fusão da música batida, com estilos tipicamente africanos, criados e misturados por jovens Angolanos, entusiastas e impulsionadores do estilo musical, adaptando-se à forma de dançar, soltando a anca para os lados em dois tempos, sutilmente, caracterizando o movimento do bailonço duplo. A dança sulafricana denominada " Xigumbaza ", que significa confusão, era dançada pelos escravos mineiros, enquanto trabalhavam mudos e surdos, só as vozes das botas se faziam ouvir como um canto de revolta, adaptando-se ao estilo musical Kuduro nasce, o Esquema ou Dança da Família. Dança da Família é dançada geral em grupos, exercitando o mesmo passo várias vezes em coreografia coordenada pelos participantes na dança. Dançada normalmente em festas ou em discotecas.
Rebita: é um género de música e dança de salão angolano que demonstra a vaidade dos cavalheiros e o adorno das damas. Dançada em pares, a partir de coreografias coordenadas pelo chefe da roda, executam gestos de generosidades gesticulando a leveza das suas damas, marcando o compasso do passo da massemba (1). O charme dos cavalheiros e a vaidade das damas são notórios; enquanto dança se vai desenvolvendo no salão as trocas de olhares, e os sorrisos entre o par são frequentes. É dançada em marcação de dois tempos, através da melodia da música e do ritmo dos instrumentos.
Semba: é uma dança de salão angolana urbana. Dançada em pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos, onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito para o nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas de divertimento, principalmente em festas.
Kazukuta: é a dança por excelência, o sapateado lento, seguido de oscilações corporais, firmando-se o bailarino, ora no calcanhar, ora na ponta dos pés, apoiando-se sobre uma bengala ou guarda-chuva. Os tocadores usam instrumentos como latas, dikanzas, garrafas, arcos de barril e, para algumas variações rítmicas, a corneta de latão e a caixa-corneta. Os bailarinos vestem calças listradas e casacas devidamente ornamentadas, representando alguns postos do exército, cobrindo o rosto com uma máscara, representando alguns animais para melhor caricaturar jocosamente o inimigo (o opressor).
Kabetula: é uma dança carnavalesca da região do Bengo, exibida em saracoteios bastante rápidos, seguidos de alguns saltos acrobáticos, os bailarinos apresentam-se vestidos de camisolas, normalmente brancas, ou de tronco nu de duas Pondas (saia feita de lenços de cabeça em estilo rectangular fixada por uma Ponda (cinta vermelha ou preta)), amarrando um lenço na cabeça e outro no pulso, utilizando também um apito para a marcação da cadência rítmica do "comandante".
Nota : In " Revista Carnaval - A Maior Festa do Povo Angolano ", de Roldão Ferreira, editado pelo Governo da Província de Luanda, Direcção Provincial da Cultura, 1ª Edição-2002, paginas 18 e 27 Kazukuta e Kabetula.
O texto de Kizomba foi redigido por Pedro Tomás (Petchu) bailarino e Lito Graça (músico).

A música e a dança em Cabo Verde

 
Os bailes em Cabo Verde tinham e têm uma função fundamental na organização de toda a comunidade: à volta de momentos de convívios e confraternização-"quando dançamos ficamos e felizes"- dizia um velho conhecido. As músicas estão ligadas por um cordão forte, derivado talvez da relação muito estreita das suas origens primordiais. Os bailes eram animados por grupos acústicos com violino, violão, cavaquinho, bandolim ou banjo, que mantinham uma relação estreita com o lançador que com os seus passos e momentos de improvisação influenciava e acompanhava o músico solista sua maneira de tocar e este, por sua vez, a ele. Assim nasceram, nas salas e nos terreiros, músicas e danças que hoje fazem parte do panorama cultural de Cabo Verde. É claro que a dança também se transformou, acompanhando os tempos e a mudança de mentalidade, como também teve influências exteriores, de fraca representatividade. Aquilo que era gosto de dançar tornou-se, com o tempo, no gosto pelo sensual, pelo ligeirismo e banalidade que atinge por vezes o vulgar. É de realçar que algumas danças caboverdianas acabaram por cair em desuso, perdurando somente o gênero musical correspondente, como é o caso do Landum. As danças de pares (Coladera, Morna, Funaná, Mazurca) " são danças em que o homem possui, como quase toda a cultura do mundo da dança, o cavalheiresco modo de dirigir os passos a seu gosto. A sequência dos passos depende do virtuosismo dos dançarinos e, de certa maneira, do espaço da sala".
Morna: é o estilo mais lento da dança, traduzindo os sentimentos dos caboverdiano como, por exemplo, a tristeza, a nostalgia e os problemas existentes. Dança-se em dois estilos essenciais, que são estilos lentos, e estilos mais virtuosos, ou seja " talvez mais vivo e dinâmico" ao que se chama de " estrimbolca", à base de contratempos (talvez a origem da dança Coladera seria nesse andamento, estilo lento fazem as seguintes marcações: os passos são feitos em marcação quaternária (dois passos à frente, dois passos atrás).
Coladera: é um estilo mais vivo que a Morna, cadência quaternária, em que a relação do cavalheiro e da dama é relacionada ao arrastar de pés, com momentos de improvisação do cavalheiro que se afasta sob o olhar da dama (1).
Funaná: gênero de música e dança caboverdiana característico da Ilha de Santiago que, tradicionalmente, animava as festas dos camponeses. É a mais frenética e rápida das danças de pares de Cabo Verde, geralmente acompanhada de uma concertina, onde o ritmo é produzido pelo esfregar de uma faca numa barra de ferro. Nessa dança, o cavalheiro joga sobre o ritmo uma base andante de longos solos compostos por momentos fortes de pausa /exaltação até ao auge ou "djeta", gritos, exibindo a todos a sua virilidade e dotes de grande dançador. Funaná é conotada como dança de transe.
Contradança e Mazurca: são danças de grupo importadas das cortes europeias que, geralmente, tinham na base estruturas coreografadas com mandadores, que acabaram por sofrer alterações ao chegarem ao terreiro. Na Mazurca de três tempos, alegre e sincopada, o papel dos pares está intimamente ligado à movimentação em grupo. São gêneros dançados, sobretudo nas ilhas Santo Antão, Boavista e São Nicolau.
Kola San Jon: jogo dos tambores e dos apitos nos dias de São João, ligado ao ritual da fertilidade da terra no solstício de verão. Os pares batem-se cadencialmente entre si. Dança da Umbigada.
Nota: texto de António Tavares (Bailarino Coreógrafo).
                          
                                    São-Tomé e Príncipe

Ússua: dança de salão, de grande elegância (uma espécie de mazurca africana), em que os pares são conduzidos por um mestre de cerimónias, ao ritmo lento do tambor, do pito daxi (flauta) e da corneta. Todos os dançarinos envergam trajes tradicionais: as mulheres de saia e quimono, xale ou pano de manta; os homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha bordada (que serve para limpar o suor do rosto).
Dexa: típica da ilha do Príncipe de raízes angolanas. Ao ritmo de um tambor e de uma corneta, diversos pares executam elegantes danças de roda. As letras são quase sempre humorísticas, ou mesmo de escárnio, e implicam uma réplica da parte do visado. A dexa é dançada durante horas inteiras, apenas com ligeiras modificações na sua toada musical.
Puita: provavelmente com raízes angolanas, a puita é uma dança fortemente erótica, em que o tambor avança de forma frenética, obsessiva, sensual, pela noite dentro. Homens e mulheres formam filas indianas e, à mistura com alguns semi rodopios, fazem entrechocar os corpos de forma sexualmente explícita. Quando um parente deixa este mundo é da praxe executar-se, em dias de nozado, uma puita em sua homenagem. A falta de cumprimento a esse ritual pode ocasionar desventuras na família. Mas a puita é tocada em muitas outras ocasiões, sendo uma das formas de música mais populares em S. Tomé.
D´jambi: Parecido com a puita, mas encomendado com outros objetivos, o d'jambi é um ritual com poderes curativos, semelhante à macumba brasileira. Os curandeiros, ao dançarem, entram em transe, submetendo então o doente a práticas rituais onde são invocadas figuras sobrenaturais e estabelecidos contatos com espíritos de indivíduos falecidos. São também frequentes fenômenos de insensibilidade ao cansaço e à dor (dançada durante a noite inteira, caminhar sobre brasas, ferir o próprio corpo, etc.). As autoridades coloniais e religiosas tentaram sempre proibir os d'jambi devido às suas óbvias conotações com a feitiçaria e aos rituais animistas do continente africano.
Bligá (ou jogo do cacete): é um misto de dança e jogo lúdico, em que a destreza e o vigor físico do jogo do pau transmontano aliam-se a uma sofisticada corporalidade e gestualidade que fazem, por vezes, lembrar certas artes marciais orientais. O bligá (que significa brigar) foi certamente, uma das danças, que deu origem à capoeira. Esse estilo era usado pelos escravos, que o utilizavam como uma arte de autodefesa sem que as autoridades se apercebessem, os gestos são a maior parte das vezes, mimados (transformando assim a ação em representação) em vez de serem executados explicitamente.
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=62

terça-feira, 7 de maio de 2013

Apresentação

         Oi gente! Bem-vindo ao nosso blog sobre a cultura africana.


A Cultura Africana
            Desde muitos anos, a cultura africana tem se espalhado pelo mundo todo por meios como a dança e a música.
            Em nosso dia a dia, convivemos com a cultura africana vinda desde a época dos escravos trazidos para o Brasil na colonização que, consgo trouxeram a capoeira, os ritmos diferentes com instrumentos como o tambor, religiões como o Candomblé, entre outras coisas.
            De fato, a cultura africana influenciou muito e ainda continua influenciando muitas outras culturas, não só a brasileira, mas outras também.

_Texto escrito por Beatriz

Colégio Santo Antônio, Duque de Caxias 14/05/13
Alunos:
Beatriz       N°:3
Felipe   E.  Nº:9
Lorena       N°:18
Nathália A.  N°:30 
Trabalho de História e Geografia
Professoras: Alda e Roberta