quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Música afro-brasileira 2

         Quando os portugueses começaram a comprar ou capturar africanos e trazê-los para serem escravizados no Brasil, trouxeram também muitas coisas da cultura africana para o nosso território. Os escravos que vinham da África não eram todos de um mesmo povo; falavam várias línguas, tinham diferentes religiões, comidas próprias e aparências diferentes. Essa diversidade de costumes acabou influenciando a formação da cultura brasileira e chegando até nós de diferentes formas.
 
A MÚSICA
     Os povos africanos em geral têm o costume da música e da dança muito presente. Escravizados, eles trouxeram isso para o Brasil.
    Eles nos deixaram como herança muitos instrumentos musicais que são usados até hoje em diferentes tipos de música e também nas religiões afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé. Vamos falar sobre elas mais na frente.
  Muitos dos instrumentos de origem africana são de percussão:
 
Atabaques
 
 
         Ganzá, um tipo de chocalho
 
Tamborim
 
 
Zabumba
 
Berimbau
 
Além dos instrumentos musicais em sim, a presença africana influenciou a música brasileira, criando muitos dos ritmos que fazem parte do nosso repertório até hoje. Vamos ouvir alguns deles agora:
 
O samba de raiz:
 
O samba partido alto:
 
E o samba de roda são alguns dos exemplos dessa herança musical africana:
 
UM POUCO DA HISTÓRIA DO SAMBA
“Samba” é uma palavra que vem, provavelmente, da língua angolana. No começo, usava-se a palavra “samba” para a música dos escravos de um modo geral, mas é só a partir de 1916 que o gênero musical samba passa a existir oficialmente. Foi nesse ano que o primeiro samba, chamado “Pelo Telefone”, foi gravado:
 
Naqueles tempos, o samba ainda era um ritmo marginalizado, coisa que “gente decente não ouvia, nem dançava”. Locais onde havia rodas de samba eram invadidos pela polícia e os presentes, presos. Tudo porque samba era “coisa de negro” e, na visão da época, tudo o que era parte da cultura dos negros deveria ser reprimido pelas autoridades. Um desses locais onde as pessoas se reuniam era a casa da Tia Ciata, uma negra baiana muito famosa na época. Em sua casa, a cultura africana tinha espaço e lá se tocava e dançava o samba, além de as pessoas poderem praticar o candomblé.  Vamos conhecer um pouco sobre a Tia Ciata e o começo da história do samba com esse vídeo:
 
 
Fonte:

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Música Afro-Brasileira

"A capoeira é amorosa, não é perversa. É um hábito cortês que criamos dentro de nós, uma coisa vagabunda. (Mestre Pastinha)"


  • não-ocidental
  • de tradição oral
  • ligada a acontecimentos
  • forte presença de canto
  • associada a movimento
    Os sons musicais se repetem no tempo e têm:
    duração = tempo
    intensidade = mais forte ou mais fraco
    altura = mais grave ou mais agudo
    timbre = origem

    Músicas são seqüências de sons musicais e também apresentam propriedades, como:
    compasso = divisão em pequenas partes
    andamento = velocidade
    ritmo = seqüência de sons e pausas

        Mas o pesquisador Tiago de Oliveira Pinto nos lembra que música é uma abstração cultural, portanto sua produção e seu entendimento diferem entre os grupos humanos. Conta que Mestre Vavá do Recôncavo Baiano, ao comentar um jogo de capoeira, dizia: "Aí o berimbau muda a tonalidade", o que significava mudar o toque do berimbau e assim, com um novo movimento no instrumento, provocar uma mudança no jogo.

    Palavras como tom, escala, ritmo e harmonia podem ter significados diferentes quando utilizadas na teoria musical européia ou quando utilizadas em outros locais e condições, ou outras culturas.
    John Baily, também pesquisador, ressaltou a importância dos movimentos na musicalidade africana. São os movimentos possíveis nos instrumentos que geram "tons" e uma escala acústica, diferentes da sonoridade escrita em partituras de música ocidental européia.

    Na música africana e afro-descendente os movimentos do corpo humano criados ou descobertos por cada músico perante determinado instrumento, cuja forma impõe limitações, resultam na estrutura musical e nos padrões de movimento atingidos por virtuosismo e técnica.
    Outro estudioso, Gerhard Kubik, já havia se interessado em pesquisar a música africana e afro-brasileira a partir de padrões. Encontrou, entre africanos e no Brasil, padrões rítmicos semelhantes, como, por exemplo, aqueles executados em um tipo de instrumento de um conjunto para orientar os outros músicos e dançarinos no tempo da música. Com isto propôs mais uma confirmação para a origem banto do samba-de-roda, com o qual a capoeira tem ligações.

    Fontes:
    Gerhard Kubik. Angolan traits in black music, games and dances of Brazil; a study of african cultural extensions overseas. Lisboa: Junta de Investigações Científicas do Ultramar, 1979.
    John Baily. Music structure and human movement. In P. Howell; I. Cross; R. West (eds.) Musical structure and cognition. London: Academic Press, 1985.
    Osvaldo Lacerda. Teoria elementar da música. 4 ed. São Paulo: Musicália, 1976.
    Tiago de Oliveira Pinto. Som e música. Questões de uma antropologia sonora. Revista de Antropologia v.44 n.1, São Paulo, 2001.

    Fotos:
    Grupo Nzinga de Capoeira Angola, 2001.

    Racismo No Brasil


    Racismo no Brasil é, no mínimo, uma atitude de ignorância as próprias origens. Qual é o antepassado do "verdadeiro brasileiro"? Indígena (os primeiros povos a habitar a terra do ‘Pau Brasil')? Os negros (que foram trazidos para trabalhar como escravos e, ainda, serviram de mercadoria para seus senhores)? Os portugueses (que detém o status de descobridores desta terra)? Porém, pode ser a miscigenação de todas as raças, como vemos hoje? Afinal de contas, aqui se instalaram povos de todos os lugares do mundo. Portugueses, espanhóis, alemães, franceses, japoneses, árabes e, ultimamente, peruanos, bolivianos, paraguaios, uruguaios e até argentinos vivem neste país que hospitaleiro até demais com os estrangeiros e, muitas vezes, hostil com sua população.

                Atualmente, a população brasileira faz parte do ‘vira-latismo' mundial. Quantas pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já viu? Quantas vezes você ouviu alguém dizer que..."meu avô era africano, minha avó espanhola", ou então..."meu pai é japonês e minha mãe é árabe"? Quando representantes ‘tupiniquins' participam de eventos esportivos ou sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas apenas um sangue, somente uma paixão, o Brasil.

     O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos, pessoas fora do padrão da moda, ou seja, obesos, magrelas, altos demais, baixos ou anões e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação e não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito. Estes não têm vez na sociedade brasileira!

                Para exemplificar isso, basta visitar as faculdades, os pontos de encontro (como bares, danceterias, teatros e cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, este racismo hipócrita e camuflado vem à tona e causa espanto em muitas pessoas que não ‘querem' encarar a verdade dos fatos.

                            Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada, discriminada, etc...por sua cor de pele, religião, opção sexual...pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal atrocidade. Mas, neste país, a verdade é que ninguém encara isto seriamente e quando atitudes idênticas a do jogador Grafite, do São Paulo Futebol Clube, acontecem causa estranheza nas pessoas. Grafite está errado em exigir seus direitos? Certamente, não! Mas, na verdade este fato deve ser de alento para que todos lutemos por vagas nas faculdades públicas, trabalho e, conseqüentemente, respeito! Porém, sem ter de passar pela humilhante condição de "cotas para negros" ou programas de televisão sensacionalistas que exploram a distinção racial e social para ganhar audiência. A cota tem de estar disponível para quem não tem condições de cursar uma faculdade paga. Mas, para que isto ocorra é necessário que haja uma reforma no ensino, com o objetivo de se melhorar e valorizar as escolas estaduais e municipais, para que seus alunos possam "brigar" por vagas em universidade gratuitas. A somatória de notas pela vivência escolar pode ser uma solução para o caso, contudo, mesmo assim, tem de acontecer uma reconstituição de educação no Brasil.

    Vídeo sobre Música e Dança Afro-Brasileira

     
     
     
          A música criada pelosafro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana  com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos.
    Fonte: You Tube

    Roda de capoeira


    A roda de capoeira é um círculo de capoeiristas com uma bateria musical em que a capoeira é jogada, tocada e cantada. A roda serve tanto para o jogo, divertimento e espetáculo, quanto para que capoeiristas possam aplicar o que aprenderam durante o treinamento.
    Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira cantando e batendo palmas no ritmo do berimbau enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do tocador de berimbau ou quando algum outro capoeirista da roda compra o jogo, ou seja, entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles
    Em geral, o objetivo do jogo da capoeira não é o nocaute ou destruir o oponente. O maior objetivo do capoeirista ao entrar em uma roda é a queda, ou seja, derrubar o oponente sem ser golpeado, preferencialmente com uma rasteira. Na maioria das vezes, entre o jogo de um capoeirista mais experiente e um novato, o capoeirista experiente prefere mostrar sua superioridade marcando o golpe no oponente, ou seja, freando o golpe um instante antes de completá-lo. Entre dois capoeiristas experientes o jogo poderá ser muito mais agressivo e as consequências mais graves.
                A ginga é o movimento básico da capoeira, mas além da ginga são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, floreios (como o aú ou a bananeira), golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, acrobacias (como o salto mortal), giros apoiados nas mãos ou na cabeça e movimentos de grande elasticidade.
     
    Ficheiro:Roda de capoeira1.jpg

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira

    Capoeira Atualmente


    Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior. Presente em dezenas de países em todos os continentes, todo ano a capoeira atrai ao Brasil milhares de alunos estrangeiros e, frequentemente, capoeiristas estrangeiros se esforçam em aprender a língua portuguesa em um esforço para melhor se envolver com a arte. Mestres e contramestres respeitados são constantemente convidados a dar aulas especiais no exterior ou até mesmo a estabelecer seu próprio grupo. Apresentações de capoeira, geralmente administradas em forma de espetáculo, acrobáticas e com pouca marcialidade, são realizadas no mundo inteiro. 
      O aspecto marcial ainda se faz muito presente e, como nos tempos antigos, ainda é sutil e disfarçado. A malandragem é sempre presente, capoeiristas experientes raramente tiram os olhos de seus oponentes em um jogo de capoeira, já que uma queda pode chegar disfarçada até mesmo em um gesto amigável.
    Símbolo da cultura afro-brasileira, símbolo da miscigenação de etnias, símbolo de resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo brasileiro. Atualmente, é considerado patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.



    Fonte: http://www.mk3academia.com.br/capoeira.html
     
     

    segunda-feira, 12 de agosto de 2013

    Capoeira



    Raízes africanas
    A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas.

    No Brasil
    Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.
    Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.
    A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.
    Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.
    Três estilos da capoeira:
    A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.
    Você sabia?

    - É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista.

    Vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=fzGpAUWzhBw

    Fonte: http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm