História
Zumbi, líder do
Quilombo dos Palmares, é símbolo da luta pelos direitos dos afrodescendentes; o
jornalista José do Patrocínio é reconhecido por ser um abolicionista. João
Cândido é o mestre-sala dos mares, foi o comandante da Revolta da Chibata, e é
tema de um dos mais belos sambas-enredo do carnaval carioca ("Há muito
tempo nas águas da Guanabara, um dragão do mar apareceu, na figura de um velho
feiticeiro, que a história não esqueceu. Conhecido como almirante
negro..."). Outro destaque é Cosme Besnto das Chagas, 'O Mulato Cosme', um
dos líderes da Revolta da Balaiada, e outro herói negro pouco conhecido na
história do Brasil.
Esportes
Grandes
personalidades negras marcaram a história do esporte no Brasil. Pelé, que
era engraxate de sapatos aos 11 anos de
idade, aos 17 foi campeão mundial de futebol e hoje é considerado o atleta do
século 20, o rei do futebol. Grandes nomes de afro-brasileiros destacam-se no
esporte; por exemplo, Ronaldinho Gaúcho, Robinho, Grafite (futebol), Daiane dos
Santos (ginástica), Maguila (boxe), Adhemar Ferreira da Silva e João Carlos de
Oliveira, o 'João do Pulo' (salto triplo), Marta e Janeth (basquete), Fofão
(vôlei), entre outros. No Brasil, os afrodescendentes são os mais premiados em
praticamente todas as modalidades esportivas.
Artes
Nas artes, muitos
negros se destacaram com obras belíssimas, como Aleijadinho, com suas
esculturas em madeira e pedra-sabão; Agnaldo Manoel dos Santos, com suas
esculturas de orixás; José da Paixão Silva, com suas gravuras que retratam a
vida dura dos subúrbios; e o artista plástico Emanoel Araújo, ex-diretor da
Pinacoteca do Estado de São Paulo e diretor do Museu Afro Brasil (SP).
Literatura
Na arte de escrever,
também há grandes escritores, como João da Cruz e Souza, o principal poeta do
movimento simbolista, e Carolina Maria de Jesus, que se tornou conhecida
internacionalmente com o livro Quarto de despejo. Luiz Gama, Lino Guedes, Maria
Firmina dos Reis, maranhense que escreveu o romance Úrsula, Solano Trindade,
com suas várias poesias temáticas, Osvaldo de Camargo, Mestre Didi, que
escreveu os Contos crioulos da Bahia, Abdias do Nascimento, escritor de textos
para peças teatrais, Oswaldo de Camargo, Cuti e Cidinha da Silva, escritores da
atualidade, e outros. Não podemos esquecer também dos grandes Machado de Assis
e Lima Barreto, considerados mestiços.
Música
O compositor e
instrumentista Pixinguinha foi um dos maiores flautistas de todos os tempos e
responsável pela popularização de instrumentos musicais afros no Brasil; ele
misturou a sucessão de sons eruditos de origem europeia com os ritmos negros
brasileiros e norte-americanos, ou seja, fez uma mudança radical no som do
Brasil. Outro destaque é Antônio Carlos Gomes, que criou a grande ópera O
Guarani, baseada no romance homônimo de José de Alencar. Chiquinha Gonzaga
tinha origem mestiça. Tia Ciata, cozinheira, mãe de santo e cantora, também era
a dona da casa onde alguns sambistas se
reuniam e onde os músicos cariocas do começo do século 20 se encontravam com
muita frequência. Os encontros e festas na casa da tia Ciata acabaram se
tornando tradição para os sambistas. Ainda hoje, ela é venerada por muitas
pessoas.
Destacam-se também o cantor e compositor Milton
Nascimento, Gilberto Gil, Djavan, Seu Jorge, Sandra de Sá, Leci Brandão, Elza
Soares, Negra Li, Alcione, Margaret Menezes e Paula Lima. Há também algumas
outras cantoras que migraram para estilos musicais como o jazz, fugindo um
pouco do samba, estilo musical antes reservado, na maioria das vezes, aos
afrodescendente. São elas: Adyel Silva, Alaíde Costa, Arícia Mess, Áurea
Martins, Eliana Pittman, Ivete Souza, Izzy Gordon, Leila Maria, Misty, Rosa
Marya Colin, Virgínia Rosa e Zezé Motta. Muitas delas fizeram sucesso
primeiramente no exterior, e só depois tiveram o reconhecimento no Brasil.
Medicina
e engenharia
Não é só nas artes
que os negros se destacaram; na medicina também, como o médico Juliano Moreira
(1873-1932), que se tornou famoso por seu empenho na aprovação de leis de
assistência aos doentes mentais, é pioneiro da psiquiatria no Brasil. Na
engenharia, o destaque fica para os irmãos Rebouças. André Pinto Rebouças
participou da construção do porto da cidade do Rio de Janeiro e das principais
docas dos estados de Pernambuco, Maranhão, Paraíba e Bahia. Seu irmão, Antônio
Pereira Rebouças, construiu a estrada de ferro Paranaguá–Curitiba.
Grandes
mulheres
Dandara foi uma das
grandes líderes do Quilombo dos Palmares ao lado de Zumbi e foi assassinada em
combate contra os portugueses, em defesa do Quilombo dos Palmares. Há também
grandes mulheres afrodescendentes com representação na política: Theodosina
Rosário Ribeiro, a primeira deputada negra da Assembleia Legislativa de São
Paulo, que lutou pelos interesses da comunidade negra; Antonieta de Barros, a
primeira a assumir um mandato popular no Brasil; e Benedita da Silva, a
primeira governadora negra do país.
Nas artes, a atriz
Ruth de Souza fundou o Teatro Experimental do Negro e já fez dezenas de peças,
novelas e filmes. Zezé Motta, que representou Chica da Silva no cinema, hoje
luta pela colocação de atores negros no mercado; Mercedes Baptista foi a
primeira bailarina clássica negra do Brasil, tornando-se pioneira por fazer
parte do corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A lista é
imensa: Chiquinha Gonzaga, Elisa Lucindo, Ruth de Souza, Isabel Fillardis, Léa
Garcia, Taís Araújo, Gloria Maria, entre outras.
Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-2086-18409-,00.html
Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-2086-18409-,00.html
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